sábado, 20 de agosto de 2011

DIABETES E EXERCÍCIOS

         O Diabetes é uma doença que se caracteriza pelo aumento da glicose na circulação sanguínea. Isso ocorre porque a insulina (hormônio responsável pela absorção da glicose pelas células) deixa de ser produzida pelo pâncreas (Diabetes tipo I), é produzida de forma insuficiente ou não funciona adequadamente (Diabetes tipo II).
É um problema muito comum, porém, quando não é tratado de maneira correta, pode levar a complicações graves como insuficiência renal ou até mesmo um AVC. É uma doença sem cura, mas que pode ser perfeitamente controlada. Quando o tratamento é feito de forma correta, incluindo o uso de medicamentos (se necessário), dieta adequada e exercícios físicos, a pessoa diabética pode ter uma vida praticamente normal e de boa qualidade.
            O exercício físico é essencial neste problema, sendo bastante efetivo no controle glicêmico, já que provoca no nosso organismo um efeito semelhante ao da insulina, acelerando a captação da glicose pelas células para que estas possam ser utilizadas como fontes de energia. Os resultados do tratamento com exercícios no diabetes incluem, além de uma tolerância a glicose aprimorada, maior sensibilidade a insulina e uma necessidade diminuída da mesma, proporcionando ao diabético redução da pressão arterial, melhora na circulação sanguínea, controle de peso, maior resistência física e o aumento da auto estima, entre outros benefícios.
            O diabético tipo I (5 a 10% da população diabética total) deve tomar injeções de insulina para o resto da vida, seja ela de ação lenta (com pico de ação de 8 a 12 horas aproximadamente e duração de 24hs) ou de ação rápida (imediata). Neste tipo de diabetes, é imprescindível o controle glicêmico adequado antes, durante e depois do exercício, para que não ocorram quadros de hiper ou hipoglicemia. Recomenda-se evitar o exercício caso a glicose esteja acima de 300 mg/dL ou abaixo de 80 mg/dL, e ingerir entre 20 e 30g de carboidratos 15 min antes de iniciar a atividade, caso esta esteja abaixo de 100 mg/dL. Para quem toma a insulina de ação rápida, esta deve ser proporcional à duração e a intensidade do exercício. Além disso, deve-se evitar por 1 hora realizar exercícios no músculo escolhido para aplicar a insulina.
            Casos de diabetes tipo II vem crescendo a cada dia e isso está diretamente associado a maior prevalência de obesidade e ao nível reduzido de atividades físicas. Além de remediar esta doença, os exercícios e a boa alimentação podem impedir o aparecimento da mesma. Neste tipo do diabetes, há uma maior resistência a insulina, mas na grande maioria dos casos pode ser controlado apenas com a dieta e com exercícios. Caso necessite a utilização da insulina neste caso, os mesmos cuidados do diabético tipo I devem ser tomados.
O exercício regular é a atividade mais importante que você pode fazer para desacelerar o processo de envelhecimento, controlar a glicose no sangue e, conseqüentemente, reduzir os riscos de complicações diabéticas.
            Tomando os devidos cuidados, o diabético pode se exercitar da mesma forma que uma pessoa que não tenha a doença. Apesar de alguns riscos associados ao exercício caso a glicose não esteja bem monitorada, os benefícios para os diabéticos compensam e muito. Descubra uma forma de se exercitar e vá em frente, pois isso o ajuda a melhorar o controle do diabetes e impede problemas de saúde a curto, médio e longo prazo.
           


           
            

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